domingo, 8 de fevereiro de 2009

Minha alma fria, e já desenganada,
Despida de ilusões e fantasia
Em gostoso sossego aqui vivia,
Dos prazeres do mundo já deixado.

Eis que por novo acaso sou tirada
Do profundo letargo, em que jazia;
Pela mais agradável simpatia,
Aos Elísios minha alma é transportada!

Magnético poder a ti me prende;
É só fria amizade? Não: eu minto;
Tanto fogo amizade não acende.

Que descubro! Oh, céus! Belo Filinto!
Que repentina luz me aclara e fende!
É amor... é amor que por ti sinto!

+*+Ana Eurídice Eufrosina de Barandas+*+

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