Canção do último encontro
Eu me sentia fria e sem forças
mas eram ligeiros meus passos.
Cheguei a pôr na mão direita
a luva da mão esquerda.
Pareciam tantos os degraus;
mas eu sabia que eram apenas três.
Em meio aos plátanos, o outono
murmurava: “Vem morrer comigo!
Fui enganado pelo meu destino
frágil, volúvel, maligno.”
E respondi: “Oh, meu querido,
eu também... morro contigo.”
Esta é a canção do último encontro.
De novo olhei a casa sombria.
No quarto apenas, brilhavam velas
com um fogo amarelado e indiferente.
+*+Anna Akhmátova+*+
Eu me sentia fria e sem forças
mas eram ligeiros meus passos.
Cheguei a pôr na mão direita
a luva da mão esquerda.
Pareciam tantos os degraus;
mas eu sabia que eram apenas três.
Em meio aos plátanos, o outono
murmurava: “Vem morrer comigo!
Fui enganado pelo meu destino
frágil, volúvel, maligno.”
E respondi: “Oh, meu querido,
eu também... morro contigo.”
Esta é a canção do último encontro.
De novo olhei a casa sombria.
No quarto apenas, brilhavam velas
com um fogo amarelado e indiferente.
+*+Anna Akhmátova+*+
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