Cantiga da Ribeirinha
No mundo nom me sei parelha,
mentre me for' como me vai,
ca ja moiro por vós - e ai
mia senhor branca e vermelha,
queredes que vos retraias
quando vos eu vi en saia!
Mao dia me levantei,
que vos enton non vi fea!
E, mia senhor, des aquel di', ai!
me foi a mi muin mal
e vós, filha de don Paai
Moniz, e ben vos semelha
d'aver eu por vós guarvaia,
pois eu, mia senhor, d'alfaia
nunca de vós ouve nem ei valia
d'ua correa.
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No mundo ninguém se assemelha a mim (parelha: semelhante)
enquanto a minha vida continuar como vai
porque morro por vós, e ai
minha senhora de pele alva e faces rosadas,
quereis que vos descreva (retrate)
quando vos eu vi sem manto (saia - roupa íntima)
Maldito dia! me levantei
que não vos vi feia (a viu mais bela)
E, minha senhora, desde aquele dia, ai
tudo me foi muito mal e vós, filha de dom Pai
Moniz, e bem vos parece
de ter eu por vós guarvaia (roupa luxuosa)
pois eu, minha senhora, como mimo (ou prova de amor)
de vós nunca recebi
algo, mesmo que sem valor. (correa: coisa sem valor)
+*+Paio Soares de Taveirós+*+
A Cantiga da Ribeirinha ou Cantiga de Guarvaia é o primeiro texto literário em galeco-portugês de que se tem registro.
Segundo consta, esta cantiga teria sido inspirada em dona Maria Pais Ribeiro, a Ribeirinha, mulher muito cobiçada e que se tornou amante de D. Sancho, o segundo rei de Portugal.
Um comentário:
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