Mar Português
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
+*+Fernando Pessoa+*+
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
+*+Fernando Pessoa+*+
* Lisboa, 1888
+ Lisboa, 1935
5 comentários:
Este é sem dúvida o poema que define Portugal. Pessoa, em pouco mais de meia dúzia de palavras consegui traduzir anos, séculos, da história de Portugal...
Parabéns pelo Blog.
Bjs
É fabuloso este poema de Fernando Pessoa...
Beijo doce da Cila.
P.S. Obrigado pela visita aos meus espaços ;)
Bah, Fernando Pessoa! Sempre cai bem. Se não fossem os portugueses, talvez não precisaríamos de curso de inglês, mas como o autro mesmo diz, tudo vale a pena...rsrs.
Fernando Pessoa
muita sensibilidade quase insuperavel
parabéns por suas escolhas
izil
Pessoa...Como têm voz as suas palavras, como elas alcançam a eternidade quando, na verdade, só foi fsmoso depois de salgar os olhos de quem o leu...
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