Soneto de Fidelidade
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
A seu pesar ou seu contentamento
E assim, quanto mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
+*+Vinicius de Moraes+*+
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
A seu pesar ou seu contentamento
E assim, quanto mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
+*+Vinicius de Moraes+*+
* Rio de Janeiro, 19 de outubro de 1913
+ Rio de janeiro, 9 de julho de 1980
3 comentários:
Oi,
Obrigada pela carinhosa visita aos meus rios. O seu blog é muito bonito e encontrei nele as poesias que eu amo.
Vinícius é inquestionável. O que dizer desses versos? "Que mesmo em face do maior encanto, dele se encante mais meu pensamento?"
Beijo,
Inês
Eu tinha o link do seu blog com o nome de Raissa foi por isso que achei q vc nunca tinha ido ao Dois Rios.
Beijos,
Inês
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