Beleza em flor arrebatada
Beleza em flor arrebatada! O corpo
Jamais te há de esmagar pesada lousa!
Mas hão de as rosas sobre a leiva tua
Ser do ano as primeiras em dar folhas;
E o tristonho cipreste há de sobre ela
Ondear sua sombra merencória:
E muitas vezes há de a Dor, à borda
Dessas ondas azuis e murmurantes
Vir a fronte depois triste, abatida,
E, em longos sonhos alentando a mente,
Queda ficar para o depois de leve,
E docemente se partir, temendo,
Insensata! Que os passos seus – acaso
Possam dos mortos perturbar o sono!
Eia! inúteis são prantos – nós sabemos;
Nossas mágoas a morte jamais ouve
Ou delas se enternece; mas acaso
Calar devemos os queixumes nossos?
Ou verter uma lagrima de menos?
E tu mesma – que a esquecer me ensinas,
Tens na face o palor, nos olhos lágrimas.
+*+Lord Byron+*+
Beleza em flor arrebatada! O corpo
Jamais te há de esmagar pesada lousa!
Mas hão de as rosas sobre a leiva tua
Ser do ano as primeiras em dar folhas;
E o tristonho cipreste há de sobre ela
Ondear sua sombra merencória:
E muitas vezes há de a Dor, à borda
Dessas ondas azuis e murmurantes
Vir a fronte depois triste, abatida,
E, em longos sonhos alentando a mente,
Queda ficar para o depois de leve,
E docemente se partir, temendo,
Insensata! Que os passos seus – acaso
Possam dos mortos perturbar o sono!
Eia! inúteis são prantos – nós sabemos;
Nossas mágoas a morte jamais ouve
Ou delas se enternece; mas acaso
Calar devemos os queixumes nossos?
Ou verter uma lagrima de menos?
E tu mesma – que a esquecer me ensinas,
Tens na face o palor, nos olhos lágrimas.
+*+Lord Byron+*+
Nenhum comentário:
Postar um comentário