Abismos
Por abismos sem fim, vou caminhando...
E o mais profundo abismo é o alto céu
E que vertigens sempre sinto, quando
Me inclino sobre a luz que amanheceu!
É um abismo a oração que vou rezando.
É um mar sem fundo a flor que renasceu...
Nas palavras que vou pronunciando,
Cada idéia é tão alta como o céu!
Sobre abismos, caminho dia a dia...
Das suas negras trevas se irradia
Uma outra escuridão ainda maior..
Que a mim me diz, nas horas em que cismo,
Que é um abismo junto d’outro abismo,
Meu coração ao pé do seu amor!...
+*+Teixeira de Pascoaes+*+
in Sempre, 1898
Por abismos sem fim, vou caminhando...
E o mais profundo abismo é o alto céu
E que vertigens sempre sinto, quando
Me inclino sobre a luz que amanheceu!
É um abismo a oração que vou rezando.
É um mar sem fundo a flor que renasceu...
Nas palavras que vou pronunciando,
Cada idéia é tão alta como o céu!
Sobre abismos, caminho dia a dia...
Das suas negras trevas se irradia
Uma outra escuridão ainda maior..
Que a mim me diz, nas horas em que cismo,
Que é um abismo junto d’outro abismo,
Meu coração ao pé do seu amor!...
+*+Teixeira de Pascoaes+*+
in Sempre, 1898
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