terça-feira, 31 de março de 2009

No lago

E alimento fresco, sangue novo
sorvo de um mundo livre;
Como é bondosa e terna a natureza
que em teu seio me abriga!
A onda embalança-nos a barcaça
à cadência dos remos,
e montes nublados contra o céu,
vêm encontrar nossa rota.

Olhos meus porque se fecham?
os sonhos de ouro hão de voltar?
para longe, sonho, dourado que sejas
aqui também há viver e amar.

Cintilam na onda
milhares de estrelas flutuantes
neblinas etéreas bebem
distâncias acumuladas;
brisa matutina acalenta
a baía em sombras
e no lago vem mirar-se
o amadurecido fruto.

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Auf dem See

Und frische Nahrung, neues Blut
Saug ich aus frier Welt;
Wie ist Natur so hold und gut,
Die mich am Busen hält!
Die Welle wieget unsern Kahn
Im Rundertekt hinauf,
Und Berge, wolkig himmelan,
Begegnen unserm Lauf.

Aug, mein Aug, was sinkst du nieder
Goldne Träume, kommt ihr wieder?
Weg, du Traum! so gold du bist;
Hier auch Lieb und Leben ist.

Auf der Welle blinken
Tausend schwebende Sterne,
Weiche Nebel trinken
Rings die türmende ferne;
Morgenwind umflügelt
Die beschattete Bucht
Und im See bespiegelt
Sich die reifende Frucht.

+*+Johann Wolfgang von Goethe+*+
* Frankfurt am Main, 28 de agosto de 1749
+ Weimar, 22 de março 1832

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