A coroa de rosas
A fim, oculto amor, de coroar-te,
de adornar tuas tranças luminosas,
uma coroa teci de brancas rosas,
e fui pelo mundo afora, a procurar-te.
Sem nunca te encontrar, crendo avistar-te
nas moças que encontrava, donairosas,
fui-as beijando e fui-lhes dando as rosas
da coroa feita com amor e arte.
Trago, de caminhar, os membros lassos,
acutilam-me os ventos e as geadas,
já não sei o que são noites serenas...
Sinto que vais chegar, ouço-te os passos
mas ai! nas minhas mãos ensangüentadas
uma cora de espinhos trago apenas!
+*+Eugênio de Castro+*+
* Coimbra, 1869
+ Coimbra, 1944
A fim, oculto amor, de coroar-te,
de adornar tuas tranças luminosas,
uma coroa teci de brancas rosas,
e fui pelo mundo afora, a procurar-te.
Sem nunca te encontrar, crendo avistar-te
nas moças que encontrava, donairosas,
fui-as beijando e fui-lhes dando as rosas
da coroa feita com amor e arte.
Trago, de caminhar, os membros lassos,
acutilam-me os ventos e as geadas,
já não sei o que são noites serenas...
Sinto que vais chegar, ouço-te os passos
mas ai! nas minhas mãos ensangüentadas
uma cora de espinhos trago apenas!
+*+Eugênio de Castro+*+
* Coimbra, 1869
+ Coimbra, 1944
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