Ato de contrição
Meu Deus, que estais pendente em um madeiro
Em cuja fé protesto de viver;
Em cuja santa lei hei de morrer,
Amoroso, constante, firme e inteiro.
Neste transe, por ser o derradeiro,
Pois vejo a minha vida anoitecer,
É, meu Jesus, a hora de se ver
A brandura de um pai, manso cordeiro.
Mui grande é o vosso amor e meu delito
Porém pode ter o fim todo o pecar,
Mas não o vosso amor que é infinito.
Essa razão me obriga a confiar
Que por mais que pequei, neste conflito
Espero em vosso amor de me salvar.
+*+Gregório de Matos+*+
Meu Deus, que estais pendente em um madeiro
Em cuja fé protesto de viver;
Em cuja santa lei hei de morrer,
Amoroso, constante, firme e inteiro.
Neste transe, por ser o derradeiro,
Pois vejo a minha vida anoitecer,
É, meu Jesus, a hora de se ver
A brandura de um pai, manso cordeiro.
Mui grande é o vosso amor e meu delito
Porém pode ter o fim todo o pecar,
Mas não o vosso amor que é infinito.
Essa razão me obriga a confiar
Que por mais que pequei, neste conflito
Espero em vosso amor de me salvar.
+*+Gregório de Matos+*+
* Salvador, 1623
+ Recife, 1696
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