Se apartada do corpo a doce vida
Se apartada do corpo a doce vida,
domina em seu lugar a dura morte,
de que nasce tardar-me tanto a morte
se ausente d’alma estou, que me dá vida?
Não quero sem Silvano já ter vida,
pois tudo sem Silvano é viva morte,
já que se foi Silvano, venha a morte,
perca-se por Silvano a minha vida.
Ah! suspirado ausente, se esta morte
não te obriga querer vir dar-me vida,
como não ma vem dar a mesma morte?
Mas se n’alma consiste a própria vida,
bem sei que se me tarda tanto a morte,
que é por que sinta a morte de tal vida.
+*+Violante do Céu+*+
domina em seu lugar a dura morte,
de que nasce tardar-me tanto a morte
se ausente d’alma estou, que me dá vida?
Não quero sem Silvano já ter vida,
pois tudo sem Silvano é viva morte,
já que se foi Silvano, venha a morte,
perca-se por Silvano a minha vida.
Ah! suspirado ausente, se esta morte
não te obriga querer vir dar-me vida,
como não ma vem dar a mesma morte?
Mas se n’alma consiste a própria vida,
bem sei que se me tarda tanto a morte,
que é por que sinta a morte de tal vida.
+*+Violante do Céu+*+
imagem: C. C. Morais - Vida e Morte
* Lisboa, 1602
+ Lisboa, 1693
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