Soneto do Amor Total
Amo-te, tanto meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te enfim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade
Amo-te enfim com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
+*+Vinicius de Moraes+*+
* Rio de Janeiro , 19 de outubro de 1913
+ Rio de Janeiro, 9 de julho de 1980
Amo-te, tanto meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te enfim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade
Amo-te enfim com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
+*+Vinicius de Moraes+*+
* Rio de Janeiro , 19 de outubro de 1913
+ Rio de Janeiro, 9 de julho de 1980
imagem: Horacio Hora - Outono
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