O seu nome
Ela não sabe a luz suave e pura
que derrama numa alma acostumada
a não ver nunca a luz da madrugada
vir raiando, senão com amargura!
Não sabe a avidez com que a procura
ver esta vista, de chorar cansada,
a ela... única nuvem prateada,
única estrela dessa noite escura!
E mil anos que leve a Providência
a dar-me este degredo por cumprido,
por acabada já tão longa ausência,
ainda nesse instante apetecido
será meu pensamento essa existência...
E o seu nome, o meu último gemido.
+*+João de Deus+*+
Ela não sabe a luz suave e pura
que derrama numa alma acostumada
a não ver nunca a luz da madrugada
vir raiando, senão com amargura!
Não sabe a avidez com que a procura
ver esta vista, de chorar cansada,
a ela... única nuvem prateada,
única estrela dessa noite escura!
E mil anos que leve a Providência
a dar-me este degredo por cumprido,
por acabada já tão longa ausência,
ainda nesse instante apetecido
será meu pensamento essa existência...
E o seu nome, o meu último gemido.
+*+João de Deus+*+
* São Bartolomeu de Messines - Algarve, 1830
+ Lisboa, 1896
Nenhum comentário:
Postar um comentário