Foi assim que eu a vi...
Foi assim que eu a vi. Desse momento
a lembrança tranqüila vem-me do alto
- sonho de rosas num país nevoento,
de que afinal acordo em sobressalto.
Fugiu-me essa visão: de novo tento
firmar os passos para um novo assalto.
Mas que farás, pobre homem sem alento,
tu, cego da alma e de coragem falto!
Que farás, coração que te magoas,
na tua timidez contemplativa,
só, tão longe das almas que são boas!
Que farás, alma, tu que louca e pasma,
seguindo embora o rastro de uma viva,
beijas os passos longos de um fantasma!
+*+Alphonsus de Guimaraens+*+
Foi assim que eu a vi. Desse momento
a lembrança tranqüila vem-me do alto
- sonho de rosas num país nevoento,
de que afinal acordo em sobressalto.
Fugiu-me essa visão: de novo tento
firmar os passos para um novo assalto.
Mas que farás, pobre homem sem alento,
tu, cego da alma e de coragem falto!
Que farás, coração que te magoas,
na tua timidez contemplativa,
só, tão longe das almas que são boas!
Que farás, alma, tu que louca e pasma,
seguindo embora o rastro de uma viva,
beijas os passos longos de um fantasma!
+*+Alphonsus de Guimaraens+*+
* Ouro Preto, 1870
+ Mariana,1921
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