segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Não partas!... Ou então leva-me a vida!
Piedade tem de uma infeliz amante,
Que em te amar jurou ser a mais constante
E que por ti de amor se vê perdida!

Pelo fatal ciúme consumida
Sem ter de alívio meu um só instante;
A Tício, no tormento, semelhante,
Sou do abutre voraz a triste lida!

Ah! dize homem cruel, tu nunca amaste?
Nunca as penas sentiste de uma ausência?
Nunca de amor angustia exp’rimentaste?

Da minha dor, Jacínio, tem clemência!
Recorda-te da fé que me juraste,
E não queirais cortar minha existência.

+*+Ana Eurídice Eufrosina de Barandas+*+

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