terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Adaptação

De guarda-chuva, certa noite,
Da minha casa saí a passear
Não sei se incerto estava o tempo
Ou estava eu.
Mas o certo é que um luar
Mais que brilhante
Saiu de entre as nuvens, matreiramente
E encheu a noite
Muito naturalmente
E eu, disfarçadamente
(e será que foi mesmo?)
Para fugir ao ridículo
Fiz-me de manco ou aleijado
E em bengala foi transformado
O inútil objeto.

+*+Alberto Carvalho+*+

Nenhum comentário: