quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Velhas árvores

Ó estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores novas mais amigas:
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...

O homem,a fera, e o inseto, à sombra delas
Vivem livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos alteiam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.

Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo! envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem:

Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem.

+*+Olavo Bilac*+*+

* Rio de Janeiro, 16 de dezembro de 1865
+ Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 1918

*Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac

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